* Em São Paulo, o ato será no MASP às 16h
#8M #RegularizaçãoJá #VidasImigrantesNegrasImportam #NaoÀGuerra #NiUnaMenos #NinguémÉIlegal #NduduzoFica #FalilatouLivre
A cada ano centenas de milhares de mulheres e crianças são forçadas a se deslocar em razão das violências, desemprego, guerras geopolíticas, desastres ambientais e diversas formas de perseguições por motivos de gênero. Por isso, fazemos um chamado a todos os movimentos e coletivos feministas para impulsionar a defesa das mulheres imigrantes neste Dia Internacional das Mulheres.
A migração forçada muitas vezes é a única opção de sobrevivência para as mulheres. De uma estimativa de 82,4 milhões de pessoas em situação de deslocamento forçado até finais de 2020, quase a metade eram mulheres e crianças.
Em todo o mundo as mulheres migrantes se deparam com desafios desencadeados por políticas e crises que causam ainda mais impactos na vida das mulheres em situação de deslocamento forçado. Em razão de fronteiras cada vez mais fechadas, as trabalhadoras e suas famílias são obrigadas a buscar rotas alternativas sob ameaças de assédio, tráfico, tortura, estupros – e nos territórios de chegada, enfrentam leis que criminalizam a migração, a falta de representação midiática e a discriminação, como revelam campanhas antirracistas como #NduduzoTemVoz e #FalilatouLivre.
Neste Dia Internacional das Mulheres vai ser ainda mais importante ocupar as ruas e as redes sociais para lutar contra todas as formas de violência e opressão machista, sexista, LGBTQfóbica, racista, xenofóbica, fascista.
Trata-se de uma condição da atual crise global, na qual o Estado brasileiro tem uma grande parcela de culpa. Em 2021, segundo o levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, ocorreu um estupro a cada 10 minutos e um feminicídio a cada 7 horas no país em 2021. Essa violência, que é um dos motivos de brasileiras solicitarem refúgio e migrarem para o exterior, também afeta as mulheres imigrantes que buscam acolhida no país.
Assim como no Brasil todo o dia a vida das mulheres é deslegitimada, as mulheres alvo dos interesses imperialistas e capitalistas em tantos países e territórios merecem toda solidariedade. Por isso, é hora de fortalecer a defesa da vida dessas companheiras e das pautas migratórias.
Unidas contra o machismo, o patriarcado e as guerras imperialistas
No Brasil, os atos feministas sairão às ruas com grande revolta pelas violências machistas que se intensificaram durante a pandemia, e principalmente no atual contexto de guerra que está produzindo uma quantidade inédita de pessoas refugiadas desde a 2a Guerra Mundial. Na última semana, causou imensa indignação a repercussão do áudio vazado do deputado estadual Arthur do Val, ao seu grupo de amigos do futebol em que dizia: “as mulheres ucranianas são fáceis porque são pobres”. No entanto, esse não foi apenas um erro de tal representante da política brasileira –, mas é expressão da decadência da estrutura machista e do patriarcado na atualidade.
As refugiadas da guerra na Ucrânia enfrentam a máquina da guerra colocada para as mulheres que são forçadas a fugirem de seus países e territórios pelos conflitos armados, desigualdades, desemprego estrutural, crises climático-nucleares e violência machista. São condições similares enfrentadas pelas mulheres na atual guerra do Congo – ocupação militar da MONUSCO-ONU; na invasão do Haiti – ocupação da MINUSTAH-ONU; nas ocupações do território palestino por Israel; no acordo com o Talebã no Afeganistão; no deslocamento forçado de latino-americanas e indígenas; no trabalho escravo de mulheres Filipinas e Bolivianas; na realidade das mulheres periféricas no Brasil.
Apesar dos desafios, as mulheres demonstram o grande poder das redes feministas através das lutas das mulheres trabalhadoras, africanas, negras, indígenas, quilombolas, ribeirinhas, lésbicas, trans e periféricas. São mobilizações massivas como o #EleNão, o #NiUnaAMenos e o “Women’s March on Washington”, vitórias como o direito reprodutivo e aborto na Colômbia e Argentina, e o destaque das lideranças chilenas na Convención Constituyente.
O Fronteiras Cruzadas se junta aos coletivos e movimentos de mulheres para convocar todes a participarem dos atos #8M pelo Dia Internacional das Mulheres!
– Contra a guerra!
– Contra as deportações e discriminações promovidas pelas políticas anti-imigrantes a exemplo da portaria 770/19 de Jair Bolsonaro/ Sérgio Moro!
– Em defesa do trabalho digno!
– Direito à reunião familiar!
– Direito à migração e ao refúgio!
– Regularização Migratória Já! – pela aprovação do PL 2699/2020
– Pela garantia de direitos sociais, saúde e acesso à justiça!
Em SP, o ato vai iniciar no MASP às 16h, traga sua manifestação e use máscara em proteção à Covid-19!
+ Infos sobre horário e local dos atos por todo o Brasil:
Sul
Porto Alegre (RS) – 18h, na Esquina Democrática
Caxias do Sul (RS) – 18h, na Praça Dante
Curitiba (PR) – 16h30, na Praça Santos Andrade
Guarapuava (PR) – 17h, no Terminal da Fonte
Foz do Iguaçu (PR) – 17h, em frente ao Bosque Guarani (TTU)
Londrina (PR) – 17h30, no Calçadão
Apucarana (PR) – 18h, na Praça Rui Barbosa
Florianópolis (SC) – 12h, Ticen
Chapecó (SC) – 9h, na Praça Central
Joinville (SC) – 18h, na Praça da Bandeira
Lages (SC) – 9h, na Associação de Moradores e Amigos do Bairro Popular
São Miguel do Oeste (SC) – 9h, na Praça Municipal Walnir Bottaro Daniel
Sudeste
São Paulo (SP) – às 16h, no MASP
Campinas (SP) – 16h, no Largo do Rosário
Belo Horizonte (MG) – 16h30, Na Praça da Liberdade
Juiz de Fora (MG) – 17h, na Praça da Estação
Uberlândia (MG) – 16h30, na Praça Ismene
Divinópolis (MG) – 15h30, no quarteirão fechado da rua São Paulo
Ouro Preto (MG) – 15h30, na Praça Tiradentes
Ipatinga (MG) – 8h, na Praça Primeiro de Maio
Barbacena (MG) – 16h, na Praça dos Macacos
Ponte Nova (MG) – 17h, na Praça dos Palmares
Vitória (ES) – 14h, na Praça Costa Pereira
Rio de Janeiro (RJ) – 16h, na Candelária
Centro-Oeste
Brasília (DF) – 17h, no Museu da República
Campo Grande (MS) – 8h, na Avenida Afonso Pena com a 14 de Julho
Goiânia (GO) – 9h, na Catedral Metropolitana
Norte
Belém (PA) – 17h, na Praça da República
Ananindeua (PA) – 7h, na DEAM, Cidade Nova 5, We 31, 1112
Marabá (PA) – horário a definir, na Praça São Francisco
Nordeste
Maceió (AL) – 8h, na Praça dos Martírios
Recife (PE) – 15h, no Parque 13 de Maio
Mossoró (RN) – 16h, na Praça da PAX
Natal (RN) – 14h30, na Praça Gentil Ferreira
Salvador (BA) – 14h, na Praça do Campo Grande
Santo Antônio de Jesus (BA) – 17h, na Praça Padre Mateus
Cajazeiras (PB) – 16h, na Praça Leblon
São Luís (MA) – 15h, na Praça Deodoro
Aracaju (SE) – 9h, na Reserva da Mangaba
Fortaleza (CE) – 13h, na Praça do Ferreira
Cariri (CE) – 8h, na Praça da Prefeitura (Crato)
Sobral (CE) – 17h, no Arco do Triunfo
*com informações do site Brasil de Fato (https://www.brasildefato.com.br/2022/03/04/atos-do-8m-acontecem-em-todas-as-regioes-do-pais-nesta-terca-confira).