O Mesacast Fontié ki Kwaze é fruto do projeto de extensão Fronteiras Cruzadas realizado na FFLCH-USP em parceria com o grupo de pesquisa Cidade e Trabalho e associações de migrantes na região metropolitana de São Paulo.
O objetivo é criar um espaço de diálogo interdisciplinar, reunindo pesquisadores/as, ativistas pelo direito das pessoas migrantes e integrantes do projeto de extensão, para discutir temas relacionados às migrações, resistências culturais, política migratória e redes sociotécnicas no contexto das (i)mobilidades globais.
No episódio de estreia, conversamos com Miriam Guarachi e Yolanda Palacios, mulheres bolivianas e fundadoras da Associação de Mulheres Imigrantes Luz e Vida (AMILV), sobre os desafios e potências da migração feminina, das redes de cuidado e da organização coletiva.
A mediação é de Tiago Rangel Côrtes, doutor em Sociologia pela USP e pesquisador vinculado ao projeto de extensão Fronteiras Cruzadas.
Mesacast Fontié ki Kwaze
A proposta do mesacast é amplificar vozes diversas e promover debates que conectem as experiências das pessoas migrantes com questões sociais e políticas, buscando o engajamento público e a conscientização sobre direitos humanos e a mobilidade transnacional, considerando seus aspectos políticos e culturais.
Os mesacasts/podcasts têm se consolidado como uma ferramenta valiosa para a comunicação acadêmica, especialmente pelo seu potencial extensionista, ao aproximarem o conhecimento produzido nas universidades da sociedade em geral.
Além disso, essa ferramenta comunicativa favorece a construção de pontes entre pesquisadores, estudantes e comunidades externas, fortalecendo o compromisso social da universidade.
A iniciativa também funciona como instrumento de apoio ao ensino, podendo ser utilizados em sala de aula ou como material complementar, e estimula a divulgação de processos e resultados de pesquisa de forma mais dinâmica e menos burocrática. Ao promover o diálogo entre diferentes áreas do conhecimento e estimular a formação de redes interdisciplinares, os mesacasts contribuem para uma prática universitária mais integrada, crítica e engajada com as demandas sociais.
Desde 2017, o Fórum Internacional Fontié ki Kwaze, que significa fronteiras que cruzam em creole haitiano, vem cumprindo um papel fundamental na construção do conhecimento na USP ao promover a circulação pública do saber científico por meio de uma abordagem inovadora e de impacto social, incorporando ativistas imigrantes como pesquisadores sociais aos quadros da universidade.
Atualmente, o projeto foca na consolidação da linha de pesquisa e extensão sobre cidade, trabalho e migração na FFLCH, com centralidade nos temas pungentes das (i)mobilidades globais.
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