Acesse o Relatório Final do Projeto de Extensão Fronteiras Cruzadas na UNICAMP, e conheça as contribuições deixadas pelo projeto articulado com seis associações de imigrantes de São Paulo e Campinas
O projeto de extensão Fronteiras Cruzadas “Formação de Rede Sociotécnica com Imigrantes e Refugiados” foi contemplado pelo 2o Edital PROEC – PEx – 2020 da Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP. Esse projeto teve coordenação geral do Prof. Ricardo Antunes, com participação ativa da doutoranda Karina Quintanilha do IFCH que foi responsável pela concepção do projeto junto com a socióloga Patricia Villen e pela organização de um grupo de pesquisadores/as, estudantes e associações de imigrantes dedicados ao desenvolvimento das atividades de extensão universitária sempre dialogando com as redes, grupos de pesquisa, entidades e coletivos que atuam na intersecção entre migração e direitos humanos, principalmente nas cidades de Campinas e São Paulo.
O planejamento e execução do projeto aconteceu no período entre outubro de 2020 a outubro de 2021, em plena crise sanitária global. A comissão organizadora foi composta por 14 pesquisadores/as da UNICAMP, sobretudo do Grupo Metamorfoses do Mundo do Trabalho, e externos, tendo incorporado 6 pesquisadores sociais – imigrantes do Haiti, Bolívia, República Democrática do Congo e Guiné-Bissau – representando as associações de imigrantes que formalizaram parceria com o projeto:
- União Social dos Imigrantes Haitianos-USIH – Representante: Fedo Bacourt;
- Kasinha Bay4s Cultural – Representantes: Juan Cusicanki e Alohá de La Queiroz;
- Associação da Comunidade da Guiné Bissau – Representante: Vensam Iala;
- Espaço Wema – Representante: Hortense Mbuyi;
- Associação de Mulheres Migrantes Luz e Vida (AMILV) – Representantes: Miriam Guarachi e Yolanda Palacios.
- Associação dos haitianos de campinas e região AHCRD – Representante: Choisy Francilome.
O projeto articulou uma rede entre a comunidade universitária, instituições de direitos humanos e associações de imigrantes em diferentes territórios periféricos das cidades de São Paulo e Campinas para desenvolver um conjunto de ações dialógicas de caráter educativo, social, cultural, artístico, científico, tecnológico com objetivo de promover direitos das pessoas migrantes e contribuir para a transformação social.
A partir da ideia de “redes sociotécnicas” – dos modos de agenciamento de atores que produzem e operam estruturas e sistemas técnicos de objetos que formam a paisagem das mídias na atualidade – buscamos repensar o papel da Universidade e a produção de conhecimento diante dos desafios contemporâneos. Não por acaso, os eventos e ações organizados pelo projeto, online e presencialmente, mobilizaram mais de 3.500 pessoas.
Ao longo desse 1 ano da execução do projeto, foram realizadas diversas iniciativas,
entre algumas que tiveram destaque: atividades de formação sobre direitos das
pessoas migrantes para o público geral; produção audiovisual; mutirão de saúde,
trabalho social e direitos humanos; sarau multicultural; entrega de cestas básicas;
campanhas em defesa da luta pelo Vidas Imigrantes Negras Importam; e uma
cartografia digital da rede sociotécnica de extensão universitária com imigrantes e
refugiados em todo o Brasil que culminou no I Encontro Nacional da Rede de
Extensão Universitária com Imigrantes e Refugiados.
O impacto do projeto está documentado e refletido neste relatório final, boa leitura!